O asfaltamento de 3 km da estrada que dá acesso ao distrito de Vale Vêneto (VRS-823), em São João do Polêsine, ainda está em andamento. Até o momento, já foram pavimentados 2,7 km. A obra, com custo de R$ 5,5 milhões, começou em setembro de 2022 e tem previsão de término para dezembro deste ano.
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O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) informou que o acesso à estrada é o serviço que precisa ser finalizado. O trecho, que está localizado no entroncamento com a rodovia estadual ERS-149, ainda não recebeu a última camada de asfalto e a sinalização. O serviço está sendo executado pela Construtora Continental. O Diário esteve no local na última segunda-feira (4) e não havia máquinas ou equipes trabalhando no espaço.
No total, a via possui 6,5 km de extensão e a pavimentação está sendo feito em etapas. A primeira parte da obra para asfaltar os 3 km foi viabilizada pelo Programa de Incentivo a Acessos Asfálticos (PIAA/RS), do governo estadual. A iniciativa permite que empresas destinem parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para bancar serviços de infraestrutura.
Duas empresas destinaram recursos para a realização da obra em Vale Vêneto e tiveram abatimento do valor investido no ICMS. A Beira-Rio Calçados forneceu R$ 5 milhões, e a Cooperativa Agrícola Mista Nova Palma (Camnpal), mais R$ 500 mil.
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Os 3,5 km sem asfalto
O restante da estrada que não foi asfaltada apresenta buracos e pequenas pedras, além do barro, que é comum em dias de chuva. Diante dessa situação, a expectativa da população é que o trecho com 3,5 km, também receba pavimentação.
A costureira, Anair Dotto Oliveira, 82 anos, sempre residiu em frente à estrada e conta que, com o asfalto, ficou mais fácil transitar pela via:
– Antes, nos sentíamos inseguros porque meu filho saía todas as manhãs para ir trabalhar e, às vezes, ele ficava na estrada por causa do barro. Com a obra, passamos trabalho por causa das pedras e da poeira, mas aguentamos e agora está bem melhor. Utilizamos bastante a estrada porque pertencemos a vila, vamos na igreja e em clubes, então, utilizamos quase todos os dias. Agora, estamos na espera para terminarem o outro trecho – relata Anair.
A auxiliar de cozinha, Kellyn Zanette Pena, 28 anos, também já conseguiu perceber as melhorias no trânsito na parte da estrada que está pavimentada e aguarda o asfalto no segundo trecho da via:
– Acredito que todo mundo tem uma expectativa grande de que logo comecem as obras (na estrada de chão), porque (com o asfalto) melhorou bastante a qualidade e também encurtou o percurso, que, agora, conseguimos fazer em menos tempo. A parte que não está asfaltada está bem precária, principalmente nos dias de chuva e para quem tem carro antigo ou trabalha com trator. Transitamos bastante porque meu pai trabalha com madeira, então, todos os dias nos deslocamos pela estrada – conta Kellyn.
O empresário Ari Foletto, que intermediou o primeiro trecho de pavimentação da VRS-823 por meio do PIAA/RS, afirma que está aguardando a abertura de um novo edital do programa do governo estadual para credenciar as empresas interessadas em custear o restante do asfaltamento. A previsão é que o investimento fique em torno de R$ 7 milhões.
De acordo com o Daer, ainda não há previsão para lançamento de novo edital do PIAA/RS.